Processo de fermentação
Quando a forrageira é ensilada, os açucares são convertidos em ácido lático pelas bactérias (essas bactérias só trabalham quando não há oxigênio no ambiente), e é esse ácido láctico que diminui o pH e conserva o vegetal, permitindo ser preservada por bastante tempo. Então para se conseguir a preservação da silagem, é necessário uma rápida queda do pH , deve se chegar a um nivel em que um outro ácido não seja produzido, o ácido butírico. Se o pH não estiver baixo o suficiente (cerca de 3.5 a 4.2 ) a fermentação butírica causada por outros tipos de bactérias irá ocorrer. A fermentação butírica “quebra” os nutrientes da silagem prejudicando sua palatabilidade e digestibilidade para os animais.
Escolhendo a forrageira para ensilagem
Produzir silagem é útil somente se o produto ensilado é de boa qualidade, com alto valor energético e de boa digestibilidade. As forrageiras mais bem sucedidas na produção de forragens são: Milho, sorgo,girassol, milheto e capim. Para terrenos férteis e solos bem preparados a melhor opção é o milho, se o solo for pobre e se dispõe de poucas tecnologias, o sorgo pode substituir o milho. Outra forrageira bastante utilizada é o capim elefante pois tem alta produtividade por hectare, podendo ser colhido em apenas 60 dias.
O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SILAGEM PODE SER DIVIDIDO EM TRÊS ESTÁGIOS:
1. Colheita da forragem
Cada vegetal a ser ensilado tem época certa a ser colhido, no caso do milho, o corte é feito após os 100-110 dias de crescimento, quando alcança o estágio de grão farináceo-duro, ou seja quando o teor de matéria seca do milho é de cerca de 28 - 35%. Para identificar a matéria seca da planta simplesmente colha uma espiga de uma planta de fileira uniforme, quebre a espiga ao meio e observe a linha do leite dos grãos, se a semente apresenta dois terços sólido e um terço liquido, estará pronto para colheita. (veja fig. abaixo).
A produção do milho varia cerca de 20-30 t de massa verde por hectare e é a planta mais escolhida pelos produtores para a produção de silagem por causa de seu alto valor nutritivo e concentração de energia.
O sorgo é a segunda opção dos produtores, pois possui boas características para boa fermentação e conta com um bom valor nutritivo, assim como o milho. A colheita do sorgo é semelhante a do milho, seus grãos deverão estar avermelhados, em ponto farináceo, de 28 a 30% de matéria seca, a produção varia de cerca de 20-40 t de massa verde por hectare.
O sorgo é a segunda opção dos produtores, pois possui boas características para boa fermentação e conta com um bom valor nutritivo, assim como o milho. A colheita do sorgo é semelhante a do milho, seus grãos deverão estar avermelhados, em ponto farináceo, de 28 a 30% de matéria seca, a produção varia de cerca de 20-40 t de massa verde por hectare.
2. Compactação
Uma compactação bem feita é a chave do sucesso para se produzir uma silagem de qualidade, portanto deve-se ir colocando a forragem picada em camadas no fundo do silo. Importante lembrar que o ideal é que a planta seja picada em pedaços pequenos de 2-3 cm para uma melhor compactação. Cada camada deve ser muito bem socada, preferencialmente com ajuda de tratores pesados, essa compactação importante para a expulsão completa do ar. Para melhor compactação deve se fazer camadas com no máximo 30 cm e o trator deve trabalhar em velocidade lenta, o ideal terminar o enchimento do silo em um único dia.
3. Vedação
Para estimular a fermentação é feito o fechamento do monte com lona preta, fazer últimos reparos em possíveis buracos no plástico, depois recomenda-se aplicar sobre a lona algum peso que pode ser terra, areia ou pneus velhos. O local também deve ser cercado para evitar a entrada de animais.
Tamanho e tipo de silo
Os silos tipo Trincheira são os mais utilizados, aproveitando- se o desnível do local, faz-se uma vala no chão, esse tipo de silo tem vantagens pelo baixo custo de construção, facilita o descarregamento e a compactação. Outro tipo de silo bastante utilizado em países Europeus são os Silos de Superfície, sua vantagem é o baixíssimo custo de construção, pois nao contam com paredes laterais, a área deve ser plana, e uma camada de palha é necessária para impedir que a forrageira entre em contato com o solo. Há também silos do tipo cisterna ou aéreo, chamados de cilíndricos verticais, mas são menos usados.
O tamanho do silo vai depender do número de animais, quantidade de alimento disponível e do comprimento do período de alimentação. Por exemplo:
Os silos tipo Trincheira são os mais utilizados, aproveitando- se o desnível do local, faz-se uma vala no chão, esse tipo de silo tem vantagens pelo baixo custo de construção, facilita o descarregamento e a compactação. Outro tipo de silo bastante utilizado em países Europeus são os Silos de Superfície, sua vantagem é o baixíssimo custo de construção, pois nao contam com paredes laterais, a área deve ser plana, e uma camada de palha é necessária para impedir que a forrageira entre em contato com o solo. Há também silos do tipo cisterna ou aéreo, chamados de cilíndricos verticais, mas são menos usados.
Silo Tipo Trincheira |
Considerando bovinos de leite adultos, consumindo 50% da ração sob a forma de silagem, receberiam 20 quilogramas de silagem por dia. Para um período de alimentação de 180 dias, 3.6 t de silage seriam exigidos. Considerando a perda da ensilagem de 15%, 540 quilogramas da forragem fresca devem ser adicionados, para chegar em um total de de 4.14 t. Supondo que a fazenda tenha 50 animais, e que cada metro cúbico comporta 0.6 t, iremos precisar de um silo com capacidade para armazenar 207 t de silagem, ou um silo de 345 m3.
ADITIVOS
Aditivos são produtos que podem ser adicionados à massa verde melhorando a fermentação, conservação ou o valor nutritivo, bem como sua digestibilidade. Na silagem de milho por exemplo pode-se utilizar a uréia que deve ser distribuida uniformemente entre as camadas no momento da compactação. No caso de ensilar o capim elefante que tem baixo teor de carboidratos, fubá de milho, farelo de trigo, farelo de arroz, melaço, cana, inoculantes bacterianos, também podem ser utilizados como garantia de boa fermentação. O aditivo bacteriano éo aditivo mais utilizado no Brasil pela sua capacidade de fermentação mais eficiente das forrageiras e conservação do material, mas podem aumentar consideravelmente o custo da silagem.
Fontes:
Embrapa Gado de Leite
Informe Técnico Pioneer